quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ricardo Teixeira pode ficar com 100% dos lucros do COL da Copa

Contrato social obtido com exclusividade mostra que lucros do Comitê da Copa serão distribuídos de acordo com a conveniência de seus sócios


Uma sociedade, dois sócios e a possibilidade de muitos lucros. Esse é o resumo da constituição do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014. Com exclusividade, o LANCENET! teve acesso ao contrato social da entidade que tem por responsáveis Ricardo Teixeira, em sua pessoa física, e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O documento traz um detalhe capaz de escandalizar os brasileiros: os lucros obtidos pelo comitê serão distribuídos de acordo com a conveniência de seus sócios, sem respeitar a proporção de participação que cabe a cada um no capital societário.

Pelo contrato registrado na Junta Comercial do Rio de Janeiro, Teixeira pode mandar e desmandar em todos os assuntos do comitê. Porque, além de ser sócio, o dirigente é o responsável por representar a CBF, por ocupar o posto de presidente da entidade.

E apesar de a divisão das cotas estabelecer 99,99% da participação societária para a CBF e 0,01% para Teixeira, a manobra estatutária que deu ao dirigente o poder de endereçar lucros para onde desejar foi registrada no parágrafo 1º, do Capítulo V do contrato social.

Com este artifício, Teixeira pode até destinar 100% dos lucros para si ou investir em projetos sociais ou de interesse da CBF.

Um dos argumentos que servem para levantar suspeição sobre as intenções de Teixeira está no fato de que para organizar a candidatura brasileira para receber a Copa 2014, criou-se um comitê sem fins lucrativos. Mas, com a sede garantida, desprezou-se o primeiro modelo e constituiu-se uma sociedade limitada, com regras próprias para distribuição dos lucros a serem obtidos.



Os indícios de irregularidades no contrato social do comitê foram descritos no parecer do procurador regional da Junta Comercial do Rio de Janeiro, Gustavo Borba. Mas apesar das restrições, a constituição da companhia e seu estatuto foram aprovados pela assembleia da entidade.

O LANCE! PROCUROU O COL PARA OBTER RESPOSTAS SOBRE OS ASSUNTOS, MAS TEIXEIRA NÃO SE PRONUNCIOU

1) Por que durante a disputa para ser eleito a sede da Copa do Mundo de 2014, o órgão responsável pela candidatura foi uma sociedade sem fins lucrativos e, após o Brasil ter sido eleito, o modelo de gestão foi trocado para uma sociedade limitada?

2) Por que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, em sua pessoa física, foi constituído como um dos sócios do Comitê Organizador Local?

3) Que destino terá os lucros obtidos com a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil?

4) Qual é a atual formação do Comitê Organizador Local? Quais são seus presidente, diretores e gerentes?

5) Quantas cotas de patrocínio serão vendidas para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil?

6) Como é a negociação de patrocínio para a Copa do Mundo de 2014? Quem conduz as negociações? A Fifa? O Comitê Organizador Local?

7) Qual o valor das cotas de patrocínio negociadas para a Copa do Mundo de 2014?

8) Quantas empresas já adquiriram cotas para patrocinar a Copa do Mundo de 2014? Quais são elas?




sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Princípios bioativos do arroz integral podem evitar doenças diversas

Depois de passar oito anos estudando as propriedades nutricionais de todas as variações do arroz (polido, integral, parboilizado, preto e vermelho), pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP chegaram a conclusões que podem parecer surpreendentes aos olhos dos consumidores. Foi constatado que o arroz do tipo integral tem propriedades que vão muito além da tão valorizada presença de fibras: ele é rico em vitaminas, sais minerais e, acima de tudo, possui princípios bioativos que podem diminuir as chances de desenvolvimento de doenças cardíacas, câncer, diabetes e obesidade.
Mas por que, afinal, só o arroz integral possui essas propriedades? A professora Ursula Lanfer Marquez, coordenadora da linha de pesquisa Características nutricionais e propriedades funcionais do arroz, explica que a diferença está justamente no tipo de beneficiamento do grão. Enquanto o arroz integral, quando descascado, mantém o chamado “farelo” (camadas externas ao endosperma, onde estão os nutrientes e compostos bioativos), o arroz polido (ou branco) perde todas essas camadas, restando o endosperma, rico apenas em amido e proteínas.
O arroz parboilizado, por sua vez, pode ser integral ou polido. Porém, neste caso o grão passa por um pré-cozimento antes de ser descascado - portanto, mesmo quando é integral, perde algumas de suas propriedades no processo. "O pré-cozimento é feito pois evita que o arroz se quebre quando descascado, aumenta a vida de prateleira e, quando cozido, fica sempre soltinho. Como o arroz quebrado não tem valor comercial, o gasto com a parboilização é compensado pelos prováveis prejuízos com quebras", explica a professora Ursula.
Bioatividade - Assim, o arroz integral é o único que conserva os chamados compostos bioativos, que são aqueles que têm atividades sobre organismos vivos. No caso do arroz, já foram confirmados pelo menos dois tipos de atividades: antioxidante e hipocolesterolêmica (reduz a taxa de colesterol no sangue).
Um dos compostos responsáveis por essas atividades é o orizanol, substância própria do arroz, que possui as duas propriedades. Além dele, a vitamina E e os compostos fenólicos apresentam atividade antioxidante, capazes de evitar o estresse oxidativo no organismo, relacionado a problemas cardiovasculares, câncer e inflamações, isto é, a doenças crônico-degenerativas não transmissíveis, em geral. Segundo a professora Ursula, outros tipos de arroz, como o preto e o vermelho, apresentam uma atividade antioxidante ainda maior do que a do arroz integral.
Entre tantos grãos - É no mínino curioso que todos esses benefícios proporcionados pelo arroz, um alimento tão popular e acessível no país, sejam tão pouco conhecidos e estudados. Ainda mais numa época em que é crescente a preocupação com a alimentação, fato que a mídia e a própria publicidade tornam evidente.
Para a professora, isso ocorre porque o arroz não é uma novidade para a população. “Ninguém fala disso porque o arroz é consumido pelo homem há cinco milhões de anos. O consumidor não cria expectativas em relação ao produto”, explica Ursula. “Por outro lado, há bastante interesse quando se fala de grãos diferentes, como a quinoa ou o amaranto. Mas o fato é que o arroz pode apresentar muito mais benefícios à saúde do que esses outros grãos”, pondera.
Segundo Ursula, o grupo de pesquisadores do seu laboratório tem como objetivo divulgar cada vez mais esses benefícios, e desmistificar o vínculo existente entre os benefícios dos alimentos e o fato de eles serem ou não fontes de fibra. “Antes, tudo era ligado à fibra, mas nós já constatamos que os benefícios à saúde não dependem só dela. Os benefícios estão relacionados aos princípios bioativos”, diz. A equipe ainda pretende incentivar o consumo de cereais integrais não-trigo, determinar as quantidades de ingestão mínima de arroz integral para que haja efeito sobre o organismo e tentar estabelecer um reconhecimento formal de todas as propriedades benéficas do arroz.
Texto: Mariana Midori Isagawa
Fonte: USP Online
Publicado em: 05/11/2010 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

8 estúpidos mitos sobre o agachamento

É hora de finalmente colocar um fim as mentiras sobre este ótimo exercício
by Charles Poliquin
Handling monster poundages with lower body machines make look impressive, but none of these machines are more effective than the squat. Milos Sarcev photo.
Handling monster poundages with lower body machines make look impressive, but none of these machines are more effective than the squat. Milos Sarcev photo.
Todos nós já vimos. Uma pilha de anilhas carregando ao máximo o leg press 45 graus - ás vezes com o incremento de um dedicado parceiro de treino montado em cima do aparelho indo para cima e para baixo como um caubói em um rodeio. Essa obsessão por leg press pesados inspirou uma empresa de equipamentos a desenvolver uma máquina que agüenta até 3.750kg de anilhas! Mas tão impressionante quanto, são os rituais associados com esse exercício: faixa de joelhos apertada ao extremo, cinturão lombar tão justo de fazer inveja a Jessica Rabbit, grunhidos altos que acompanham cada lenta e dolorosa repetição completada, finalmente atingindo um crescente que soa como ARGHHHHHHHHHH assim que o atleta completa a última repetição e deixa o rack pousar sobre as travas de suporte.
O apelo para essa exagerada exibição de ego é em parte responsável pelo fato de que vários praticantes de musculação escolhem quase todos os exercícios de perna que existem menos o agachamento. Aliás, colocar toneladas de peso no leg press chama muito mais atenção do que meros 190 kg em um agachamento completo. Qualquer um que dolorosamente já agachou até o último centímetro antes de encostar-se ao chão sabe que é bem mais difícil do que apenas deslizar um rack por alguns centímetros, independentemente do peso. O fato é que nada é mais difícil e produz mais resultados do que o agachamento – nada.
Se o agachamento não for o maior componente do seu treino de pernas, você está provavelmente dando ouvidos ao “mito-informação” que cerca esse exercício. Para esclarecer de vez o assunto – e tirar você do rack – vou expor em sua consideração os oito mitos mais comuns sobre o agachamento.
Mito #1: Agachamentos alargam os quadris. O mito de alargar os quadris é oriundo do fisiculturista Vince Gironda. Mesmo Gironda tendo contribuído com informações valiosas para o treinamento de força, não existem evidencias cientificas ou empíricas que corroboram com essa crença de que agachamento alarga os quadris. Na verdade, quando o glúteo máximo (um dos músculos primários do agachamento) se desenvolve, ele encolhe e não alarga, porque nem sua inserção nem sua origem são ligadas ao quadril. Se o agachamento alargasse mesmo os quadris, levantadores olímpicos que dedicam até 25% de seus volumes de treino para o agachamento se pareceriam com caixas de correio.
Mito #2: Agachamentos fazem mal ao joelho. Não apenas agachamentos não fazem mal ao joelho, mas todos os estudos legítimos sobre esse assunto têm mostrado que o agachamento melhora a estabilidade do joelho ajudando a reduzir o risco de lesões. A National Strength and Conditioning Association (NSCA) publicou uma excelente revisão de literatura que somada aos dados do Canadian National Alpine Ski Team sugerem que agachar regularmente reduz não apenas a incidência, mas também o tempo de recuperação das lesões que eventualmente ocorrem.
Quando fui contratado para trabalhar com o Canadian National Women´s Volleyball Team, percebi que todas as atletas sofriam de graus variados de uma lesão por excesso de uso conhecida como tendinite patelar ou joelho de saltador. Acredito que o problema era causado em parte por um desequilíbrio estrutural na musculatura inferior do quadríceps chamado de vasto medial obliquo (um músculo com forma de gota de lágrima que se insere no joelho). Para corrigir isso, as atletas praticavam o exercício Peterson´s step up e gradativamente progrediam ao agachamento completo. Apenas uma atleta ainda apresentava joelho de saltador após um período três meses de treinamento apropriado

Contanto que você não relaxe ou bata e suba na posição final da flexão no agachamento, você não precisa se preocupar com nada. Quando você relaxa, a articulação do joelho se abre discretamente expondo o tecido conectivo a níveis de estresse maiores que sua força de tensão. Isso quer dizer que você não pode agachar até o chão? Não. Isso simplesmente significa que se você pausar no final da flexão, você deve manter o músculo tensionado, mantendo uma contração estática ou isométrica. Em outras palavras, não relaxe no final da flexão e permita que o tecido conectivo se alongue como pedaço de caramelo

Mito #3. Só existe uma maneira de fazer agachamento. Tanto faz se ao invés de agachar com a barra apoiada na clavícula você a apóia no trapézio ou usa Zane leg blaster ao invés de uma barra agachamento, você irá forçar adaptação e crescimento muscular.
A maioria dos fisiculturistas gosta de agachar mantendo as costas mais verticais possíveis, uma técnica que aumenta o movimento dos joelhos para frente. Basistas (powerlifters) tendem a agachar flexionando mais o quadril, assim há mínimo movimento do joelho a frente. No esforço para manter as cargas mais altas possíveis, basistas geralmente não agacham tão profundamente quanto os fisiculturistas. Nas áreas da biomecânica e da neurofisiologia, sabemos que a profundidade do agachamento, grau de inclinação para frente e os padrões de movimento do joelho afetam o padrão de recrutamento muscular. Sabemos também que quanto mais você varia seus exercícios, mais unidades motoras você recruta.
Isto significa que fisiculturistas se beneficiariam do agachamento assim como basistas se beneficiam porque eles estariam estimulando um novo conjunto de unidades motoras, e quanto mais unidades motoras envolvidas, maior o crescimento muscular. Ainda, agachando profundamente como fisiculturistas fazem, permitiria aos basistas aumentar o desenvolvimento dos músculos vasto medial oblíquo e isquiotibiais – aumentando assim a estabilidade do joelho. Como diria Tom Platz, fisiculturista que estabeleceu algumas normas no desenvolvimento das pernas, “Meio agachamento, meia perna!”
There are many variations of the squat that offer variety in training.
There are many variations of the squat that offer variety in training.
Mito #4. Você deve agachar até vomitar. Parece que existem praticantes e professores de musculação que ainda acreditam que a intensidade do exercício pode ser medida pelo quanto você vomita. Esta crença bizarra foi discutida no controverso livro de Samuel Wilson Fussell: Confessions of an unlikely bodybuilder (Confissões de um improvável fisiculturista). Não existe verdade nesse mito, e a maioria dos vômitos podem ser prevenidos com condicionamento adequado e escolha mais sabias das refeições pré-treino. Por exemplo, escalopes são digeridos muito mais rápidos do que costelas de porco.
Squatting on a Smith machine places high levels of stress on the patellar ligament and the anterior cruciate ligament. Photo by Milos Sarcev.
Squatting on a Smith machine places high levels of stress on the patellar ligament and the anterior cruciate ligament. Photo by Milos Sarcev.
Mito #5. Agachar no Smith é mais seguro que o agachamento livre. Essa é uma grande mentira, e para provar eu conheço casos de processos que foram abertos por indivíduos que se tornaram tetraplégicos em acidentes que aconteceram enquanto usavam este aparelho. Minha experiência com o agachamento no Smith é que este exercício é muito agressivo para o ligamento patelar e cruzado anterior do joelho e ambos atuam como estabilizadores dessa articulação.
A maioria dos fisiculturistas que usam o Smith realiza o agachamento mantendo o tronco na vertical, uma técnica que minimiza a atuação dos isquiotibiais. Apoiar as costas contra a barra também aumenta a estabilidade do tronco, reduzindo assim o envolvimento dos isquiotibiais. Isso não seria desejável, desde que os isquiotibiais são antagonistas diretos na contração do quadríceps sobre os joelhos e essa “co-contração” neutralizaria forças lesivas nas partes superiores das pernas.
No Smith, a barra esta encaixada em um trilho, isso aumenta a estabilidade e diminui a necessidade de recrutar os músculos neutralizadores e estabilizadores do movimento. No entanto, a força desenvolvida nessas máquinas tem pouca transferência para um ambiente tri-dimensional e instável como ocorre no agachamento livre. Esse é um fato especialmente importante para aqueles que usam a musculação para melhorar o desempenho esportivo.
A verdade é, exercícios com pesos livres devem sempre preceder exercícios em aparelhos e atletas devem limitar o uso de aparelhos em não mais do que 25 por cento do treinamento total
Mito #6. Agachamento faz mal para as costas. Com tanto que você agache com boa postura, o centro de massa da barra não se deslocará do seu centro de gravidade e isso já é preventivo de lesão. Alguns treinadores recomendam agachar rodando a pelve posteriormente, mantendo as costas retificadas ou levemente arredondadas – uma técnica freqüentemente usada em aulas de aeróbicas em uma errônea tentativa de aumentar a ativação dos glúteos. Agachar com esta postura impõe tensão excessiva nos ligamentos e em outros tecidos conectivos das costas.
Para proteger as estruturas ligamentares das costas, deve-se agachar com leve arco na lombar. Essa forma de agachar aumenta o estresse na musculatura compensando o não uso dos ligamentos no suporte da coluna. Esta técnica pode estar associada com uma maior incidência de estiramento na musculatura lombar, mas deve-se entender que a alternativa seria uma lesão de ligamento. Considerando que os músculos levam de 3 a 8 dias para se recuperar de uma ruptura leve ou de grau1, sendo que um estiramento ligamentar leva pelo menos 21 dias para cicatrizar, a decisão de arquear as costas se torna relativamente fácil.
Outra importante técnica de segurança é agachar com as mãos para dentro e os cotovelos encaixados diretamente sob a barra, o que ajuda a manter o torso vertical durante o movimento. Você também deveria tentar algumas séries mais leves sem o cinturão lombar, já que isso estimularia o desenvolvimento dos músculos do tronco que ajudam proteger a coluna. Porém, sempre use o cinturão em series muito pesadas!
Alguns iniciantes acham o agachamento desconfortável para coluna superior e podem minimizar este desconforto enrolando uma toalha em volta da barra. Eu fortemente advirto quanto a esta pratica. O maior diâmetro da barra causado pela toalha pode ser lesivo para o pescoço e aumenta o risco da barra rolar para baixo sobre as costas – eu já vi isto acontecer em várias ocasiões.
Uma idéia melhor seria usar um artefato chamado de Manta Ray. Distribuir o peso sobre uma maior quantidade de músculos minimiza o estresse sobre trapézio, e isso acontece sem modificar o centro de massa da barra. O único problema é que os comerciais dizem que um tamanho serve para todos, mas indivíduos com trapézios grandes podem achar o acessório desconfortável. Outra opção é usar um dos vários protetores de barra almofadados que distribui o peso um pouco diferente quando comparado ao agachamento com barra sobre os trapézios. A melhor maneira de aliviar o desconforto é simplesmente desenvolver os trapézios.
Mito #7. Agachar torna os atletas mais lentos. O desempenho no agachamento esta diretamente relacionado com sucesso em competições de track and field assim como em vários outros esportes. Um bom exemplo da correlação entre agachamento e desempenho esportivo é o sucesso do competidor de bobsled Ian Danney, que se tornou um dos mais bem sucedidos técnicos de musculação de jogadores de futebol americano. Daney já realizou o agachamento frontal com 261 kg para duas repetições com o peso corporal de 116 kg. Outros atletas impressionantes que eu já vi são a esquiadora Kate Pace, que agachou com 165 kg para 3 repetições com peso corporal de 95 kg; e a esquiadora de montanha Michelle McKendry-Ruthven que realizou 66 repetições de agachamento em 60 segundos com 70 por cento de seu peso corporal.
O que é melhor para os atletas: agachamento livre (barra nas costas) ou agachamento frontal? Embora o desempenho no sprint esteja mais correlacionado com o agachamento frontal do que o agachamento livre, eu acredito que esse fato acontece porque meus colegas cientistas do esporte interpretaram de maneira diferente a maneira como agachamento livre deveria ser executado. No agachamento frontal, o peso se concentra sobre a clavícula e a técnica é bastante convencional. Em contraste, existem várias técnicas de agachamento livre, algumas mais eficientes que outras em relação ao desempenho no sprint.

Mito #8. Agachamentos fazem mal ao coração. Agachamentos aumentam temporariamente a pressão arterial, mas o coração se adapta a esse estresse de maneira positiva aumentando o diâmetro do ventrículo esquerdo.
Curiosamente, estudos mostraram que se exercitar no leg press 45 graus aumenta a pressão arterial três vezes mais do que o agachamento. Claro que se você sofre de doença cardiovascular ou há incidência familiar desta doença, deve-se consultar um experiente médico do esporte antes de ingressar em um programa serio de agachamentos.
Enquanto eu acredito que o agachamento é o rei dos exercícios, ele não é toda família real. Há vários fisiculturistas que atingiram altos níveis de massa muscular focando seu treinamento de pernas em hack squats, afundos e leg presses. Do mesmo modo, vários atletas atingiram altos níveis de desempenho sem o uso agachamento. No entanto, eu acredito que a maioria dos atletas poderia atingir um novo apogeu no aspecto físico se incorporassem o agachamento em seu treinamento.

O agachamento tem sido um exercício injustamente caluniado. Se você deseja incluí-lo ou não em seu programa de treino, é uma decisão pessoal, mas tenha certeza de basear sua decisão em fatos e não mitos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Bebidas Gaseificadas: Vantagens e Desvantagens


Cuidado com bebidas com a alta adição de açúcar

O que entendemos por bebidas gaseificadas? Este é a primeira pergunta que devemos esclarecer para que não haja nenhuma confusão possível. Entendemos por bebidas gaseificadas toda e qualquer bebida que contém dióxido de carbono, isto é, gás. Referimo-nos assim a água com gás ou a refrigerantes com gás.
  • As bebidas gaseificadas fazem engordar? Este tipo de bebidas não fazem engordar se não tiver nenhum açúcar adicionado. O que determina se uma dada bebida faz engordar tem a ver com a sua composição em termos de açúcar. Pois, o gás em si não tem calorias. Trata-se apenas de uma forma de dar um sabor especial e agradável às bebidas e também de as conservar. Serve de antioxidante. Há porém também quem defenda o contrário, sustentando que inclusive as águas gaseificadas aumentam a ingestão hídrica e alimentar, o peso e a capacidade do nosso corpo em assimilar uma maior quantidade de alimentos.
  • As bebidas gaseificadas ajudam no processo de perda de peso? Mais uma vez, é necessário ter em atenção a composição das bebidas em termos de açúcar. As bebidas gaseificadas sem açúcar ou com um baixo teor de açúcar podem revelar-se, na verdade, uma boa opção para quem quer emagrecer.
  • As bebidas gaseificadas tem algum efeito sobre o estado da nossa pele? O fosfato que é utilizado nas bebidas gaseificadas vai reagir com o dióxido de carbono para lhe conferir aquelas bolhinhas habituais. Trata-se de um ingrediente também presente em alimentos processados para conservá-los e realçar o seu sabor. O problema é que esta matéria não implica apenas o envelhecimento da pele, mas contribui também para o aparecimento de doenças renais e cardiovasculares directamente relacionadas com a velhice. O fosfato leva a níveis de toxicidade elevados no organismo do ser humano, o que provoca um envelhecimento prematuro.
  • Existem outros problemas de saúde relacionados com a ingestão de bebidas gaseificadas? Foi defendido por um investigador brasileiro que consumir bebidas gaseificadas pode estar na origem de problemas dentais ou ainda de problemas relacionados com o sistema nervoso central. Foi observado com base num grupo de vários pacientes obesos que o consumo exagerado de bebidas gaseificadas impede uma resposta adequada do organismo a tratamentos de emagrecimento. No final do tratamento, estes pacientes tinham grandes dificuldades para manter o seu novo peso, e dificuldades maiores em relação a outros pacientes que não bebiam tanto este tipo de bebidas.
  • Quais as consequências das bebidas gaseificadas para o nosso esqueleto? Segundo outro estudo, o consumo de bebidas gaseificadas pode implicar um maior risco de fracturas ósseas. Com base nas conclusões deste estudo, o risco é três vezes maior em comparação com outros indivíduos que não bebem este tipo de bebidas.
Em conclusão, podemos dizer que há bebidas gaseificadas sem açúcar que, embora possam ter um efeito positivo para quem pretende perder peso, podem sempre representar algo pouco benéfico, tendo em conta o fosfato que incluem na sua composição e o seu efeito nefasto sobre o nosso organismo. As bebidas gaseificadas com açúcar, quanto a elas, podem ter consequências ainda piores para quem pretende iniciar uma dieta para perder peso, e isto porque o açúcar faz engordar, ou para quem quer apenas manter-se em boa forma.
Prof. Arquimedes Filho (Medinho)
Professor da Unirb - Universidade Regional da Bahia Campus Alagoinhas
Personal Trainer
Especialista em Obesidade 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Entrevista: Dr. Mehmet Oz, MD

A especialidade do cirurgião cardíaco turco Mehmet Oz, de 47 anos, é retardar ao máximo os efeitos da idade em seus pacientes.  Diretor do Programa de Medicina Integrada da Universidade Colúmbia, em Nova  York, ele é consultor da famosa clínica antienvelhecimento do médico Michael  Roizen, criador do conceito de que é possível manter o organismo mais jovem  do que aponta a idade cronológica. Oz e Roizen também assinam a quatro mãos uma série de livros de sucesso que ensinam como manter um estilo de vida que  adia a velhice. O mais recente deles, You Staying Young (Você Sempre  Jovem), lançado há um mês nos Estados Unidos, já vendeu meio milhão de  exemplares. Nos últimos quatro anos, Oz se tornou uma celebridade ao  participar de um quadro fixo no programa de TV da apresentadora Oprah  Winfrey. Ele também apresenta documentários no Discovery Channel. Nos dois  casos, dá dicas aos telespectadores sobre como viver mais com boa saúde.  Esse é justamente o tema da entrevista que ele deu a VEJA.



BREVE BIOGRAFIA DO DR.OZ

Dr.Mehmet Oz, casado e pai de quatro filhos. Ele se formou da Harvard Univesity em 1982,  depois fez mestrado e MBA na Universidade de Pennsylvania.
Ele é autor de mais de 350 publicações e vários livros. Em maio de 2005 estava na lista de New York Times Bestseller.

  
   ENTREVISTA DA VEJA

Veja - Existe uma fórmula para se manter jovem por mais tempo?
Oz - Sim..
 Há catorze agentes principais envolvidos no  envelhecimento. Sete retardam o processo, como os antioxidantes, e sete nos enfraquecem, como a atrofia muscular. É preciso manter esses agentes sob controle. O primeiro passo para alcançar esse objetivo é pensar não na possibilidade de ficar doente, mas na necessidade de manter o organismo  saudável. Deve-se tirar o foco da prevenção dos males e direcioná-lo para a  preservação da saúde. Se ninguém mais morresse de câncer e de doenças  cardiovasculares, a expectativa de vida média do ser humano subiria apenas  nove anos. Isso mostra que, para aumentar consideravelmente a expectativa de  vida, não basta evitar doenças. É preciso cuidar do corpo para que ele não  enfraqueça. Quando uma pessoa envelhece, doenças potencialmente fatais, como  o câncer e o infarto, não aparecem de imediato. Antes que elas se instalem,  o corpo torna-se mais frágil e vulnerável.. 

Veja - O que fazer para evitar que o corpo se torne frágil e  vulnerável?
Oz - Meu novo livro, You Staying Young (Você Sempre Jovem, ainda sem previsão de lançamento no Brasil),
 trata exatamente desse tema. Os exercícios físicos são uma ferramenta essencial. Eles combatem o primeiro  sinal do envelhecimento, que é a perda de força muscular. Outros recursos  importantes são alimentar-se bem e meditar. Uma boa recomendação é a prática  do tai chi chuan, exercício oriental que combina equilíbrio, coordenação  motora e também meditação. Se todos adotassem essas medidas, a vida média da  população poderia subir para 110 anos. Quanto à alimentação, não podem  faltar nutrientes como o resveratrol da uva e o licopeno do tomate, que são poderosos antioxidantes. O principal, mas também o mais difícil, é controlar  a quantidade dos alimentos. De qualquer forma, todo mundo deve comer um  pouco menos do que tem vontade.

Veja - Fazer várias pequenas refeições por dia, como recomendam alguns  médicos, faz bem para a saúde?
 
Oz - Deve-se comer de três em três horas.
 Se o intervalo é maior, a taxa de hormônio grelina, que estimula a fome, começa a subir. O problema é  que, após uma refeição, ainda demora trinta minutos para que a taxa desse  hormônio volte a baixar. Em conseqüência disso, acaba-se comendo mais do que  se deveria. O mais importante, além de comer alguma coisa a cada três horas,  é trocar as refeições grandes por pequenas, intercaladas por lanchinhos.  Esse conceito não foi criado por mim. É o que mostram as pesquisas  científicas.

Veja - O que o senhor considera refeições grandes e pequenas?
Oz - Uma refeição grande ultrapassa 1 000 calorias.
 Uma pequena tem, no máximo, 500. Quem consome por volta de 2 000 calorias diárias pode fazer  duas refeições de 300 calorias cada uma e outra maior, de até 800. Os  lanchinhos podem ter até 250 calorias. 

Veja - O que deve ficar de fora do cardápio?
Oz - Existe uma regrinha fácil de ser usada, a regra dos cinco.
 Para isso, é preciso examinar o rótulo dos alimentos. Cinco ingredientes não podem estar entre os primeiros listados no rótulo. São eles: gorduras saturadas, gorduras trans, açúcar simples, açúcar invertido e farinha de trigo enriquecida. Dois desses nutrientes são gorduras, dois são açúcares.  Os dois tipos de gordura podem estimular processos inflamatórios no fígado  que forçam a produção de substâncias deletérias, como o colesterol. Também  fazem com que o fígado fique menos sensível à insulina, aumentando o risco  de diabetes. Os açúcares listados fazem mal por estimular a produção de  insulina, o que aumenta o depósito de gordura corporal. O pior é que esses  cinco itens são os mais comuns nas dietas atuais. 

Veja - O  cardápio básico do brasileiro, composto de arroz, feijão, carne e salada, é  saudável?
Oz - A princípio, sim.
 Esse cardápio contém exatamente os nutrientes para os quais a digestão humana está preparada. Mas os brasileiros comem  carnes muito gordas, o que é errado.. Antigamente, no mundo inteiro, quando  os métodos de criação do gado eram mais simples, a porcentagem de gordura  dos melhores cortes da carne bovina era, em média, de 4%. Hoje é de 30%.  Outro problema dos hábitos alimentares do brasileiro é que ele come arroz em  excesso, o que não traz nenhum benefício. Melhor seria adotar o arroz  integral. Os alimentos integrais têm mais fibras, o que os mantém mais tempo  no intestino e diminui a absorção de açúcar pelo organismo. Uma vantagem dos  brasileiros é ter à disposição enorme variedade de frutas e vegetais  maravilhosos, por preço razoável.

Veja - Os hábitos que o senhor propõe para prolongar a vida são relativamente simples, mas exigem controle estrito sobre as atividades do  dia-a-dia. Como exercer esse controle?
Oz - A palavra-chave é automatizar.
 Ou seja, fazer desses hábitos uma rotina, sem precisar pensar muito neles. Acordar, escovar os dentes e passar o fio dental, para reduzir a quantidade de bactérias prejudiciais à saúde. Beber muito líquido ao longo do dia, principalmente água e chá verde.  Dormir ao menos sete horas por noite. Durante o sono se produz o hormônio do  crescimento, essencial mesmo para quem já é adulto, pois prolonga a  juventude. Caminhar meia hora por dia e praticar exercícios que façam suar  três vezes por semana. Meditar cinco minutos diariamente, o que pode estar  embutido na prática de ioga ou tai chi chuan. Evitar alimentos que estejam  na regra dos cinco, que mencionei anteriormente. Uma última coisa: estreitar  o relacionamento com as pessoas próximas e abster-se de julgá-las. Em vez de  julgar os outros, é melhor tomar conta de si próprio. 

Veja - Abster-se de julgar os outros ajuda a manter a juventude?
Oz - Sim, da mesma forma que resolver situações de conflito.
 O conflito não traz nada de positivo. É apenas desgastante. Costumo recomendar a meus pacientes que procurem as pessoas com quem mantêm uma relação de  animosidade e tentem resolver o impasse. Essa é uma atitude para o bem-estar  próprio. Não há nada de altruísta nela. É uma atitude egoísta.

Veja - O que o senhor acha das dietas para emagrecer que surgem e viram  moda a cada seis meses?
Oz - Essas dietas fazem sucesso, mas são péssimas para a saúde.
 A alimentação não deve ser encarada como uma maratona para a perda de peso.  Uma dieta que tenha como chamariz o emagrecimento rápido não é confiável.  Comer menos do que o corpo necessita é uma agressão à fisiologia. Ou seja,  aos processos químicos que fazem o organismo funcionar. Quando a fisiologia  é desprezada, os resultados das dietas são transitórios.

Veja - Por que o senhor recomenda cuidados com o jantar?
Oz - Na verdade, há uma única regra a observar: deve-se jantar pelo menos três horas antes de dormir.
 Deitar logo após a refeição facilita o acúmulo de gordura, principalmente na cintura. Além disso, comer muito tarde  prejudica o sono.

Veja - O senhor recomenda beber muita água durante o dia.. Quanto se deve  beber exatamente?
Oz - Deve-se beber uma quantidade suficiente para que a urina esteja sempre clara.
 Isso varia de um dia para o outro. Em dias quentes, sua-se muito e, por isso, é preciso beber mais água. Para quem não abre mão da cafeína, sugiro chá verde. Em lugar de quatro cafezinhos por dia, beba  quatro copos de chá verde. Essa bebida concentra muitos antioxidantes e  nutrientes bons para a saúde.

Veja - Muitos ambientalistas condenam o consumo de água engarrafada. Do ponto de vista da saúde, ela é melhor que a água da torneira?
Oz - Eu acho um erro beber água engarrafada.
 Há dois problemas principais com ela. O primeiro é que, se a garrafa plástica não for reciclada, pode contaminar os mares e os rios.. Isso prejudica o meio ambiente e, indiretamente, a saúde. O plástico das embalagens vai parar nos  peixes que comemos. O resultado é que 97% das pessoas apresentam resíduos de  plástico no organismo, o que interfere no sistema hormonal. Esses resíduos  estimulam os receptores de estrogênio, o hormônio feminino. Em excesso, o  estrogênio pode causar câncer e outros problemas. As toxinas contidas no  plástico também aceleram o envelhecimento. O segundo problema é que, como a  água engarrafada não apresenta vantagens com relação à água da torneira, trata-se de um desperdício de dinheiro.

Veja - O senhor recomenda exercícios físicos que provoquem suor. Exercícios leves são inúteis?
 
Oz - Essas recomendações visam à saúde cardiovascular.
 
Para essa finalidade, apenas os exercícios moderados ou intensos, que fazem suar,  apresentam benefícios. Mas os exercícios suaves e de baixo impacto têm  valor. Mesmo a caminhada movimenta grandes músculos, como os das coxas e dos  quadris, que consomem muita energia. Como o gasto calórico muscular é maior  durante o exercício, a queima de calorias aumenta.

Veja - Os suplementos vitamínicos são criticados em muitos estudos científicos. O que o senhor acha deles?
 
Oz - Eles são eficazes, mas prometem mais do que cumprem.
 Na verdade, os médicos saem da faculdade sem conhecimentos suficientes sobre os  suplementos e são forçados a tirar suas próprias conclusões. De modo geral,  uma suplementação só é necessária quando as vitaminas não são obtidas  naturalmente com a alimentação. Por outro lado, acredito que determinadas  vitaminas podem melhorar a qualidade de vida e a longevidade. Entre elas  estão as vitaminas A, B, C, D e E, além de cálcio, magnésio, selênio e  zinco. A vitamina D é importantíssima, pois previne câncer e osteoporose.  Principalmente nos países mais frios, onde a exposição solar é restrita, os  suplementos são essenciais. 

Veja - Além dos procedimentos já descritos nesta entrevista, o que mais o senhor faz para adiar o envelhecimento?
Oz - Minha receita principal de juventude é brincar com meus filhos..
 Também procuro descobrir coisas novas todos os dias. Aprendo ao conversar  com os outros e, apesar de ser muito assediado para responder a perguntas,  por causa de minha atuação na TV, prefiro perguntar, saber como é a vida das  pessoas, como elas trabalham. Isso faz minha mente exercitar-se.

Veja - Nos últimos anos, o aperfeiçoamento do tratamento clínico fez cair o número de cirurgias cardíacas. Essa é uma tendência em outras especialidades médicas além da cardiologia?
Oz - Sem dúvida.
 Os recursos clínicos tornaram-se mais eficazes  tanto para a prevenção de doenças quanto para seu tratamento. Por isso, assim como na cardiologia, a cirurgia deixou de ser a primeira opção em outras áreas.  poucos anos, quando o paciente machucava o joelho, ia  direto para a sala de operação. Agora, ele vai para a sala de fisioterapia.  Essa tendência também é evidente nos casos de diverticulite, uma inflamação  do intestino, que passou a ser tratada com o consumo de fibras. O mesmo  acontece com pacientes que apresentam doença arterial obstrutiva periférica. Antes eles iam para a faca. Agora, recebem como orientação deixar de fumar e  caminhar. Mesmo que sintam dor num primeiro momento, essa é uma maneira de estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos para substituir os danificados.

Veja - O senhor já esteve no Brasil. Como foi sua experiência no país?
Oz - Visitei o Brasil há muitos anos, quando ainda era estudante de medicina.
 Fui ao Rio de Janeiro e conheci o doutor Ivo Pitanguy. Também  fiquei deslumbrado com as frutas brasileiras e com as lojas de sucos. Elas  misturam frutas e outros vegetais, uma combinação pouco convencional.  Conheci o açaí, que até hoje está no meu cardápio. Compro açaí em Nova York  mesmo. É um dos alimentos com maior concentração de antioxidantes. Planejo  voltar ao Brasil em meados do ano que vem para gravar um programa. Quero muito ir à Amazônia e conhecer as plantas medicinais da região.


Prof. Arquimedes Filho (Medinho)
Professor da Unirb - Universidade Regional da Bahia Campus Alagoinhas
Personal Trainer
Especialista em Obesidade 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

'Happy Meal' resiste um ano inteiro

Uma nutricionista americana fez uma experiência com um ‘Happy Meal’ da cadeia de fast food McDonald’s, fotografando-o em 2009 e guardando-o, para comprovar o poder dos conservantes. Um ano depois o hambúrguer e as batatas continuavam quase iguais, sem qualquer tipo de odor ou outros sinais de decomposição.

O 'Happy Meal' é uma refeição que se destina a crianças e a nutricionista Joann Bruso defendeu, em declarações ao diário britânico 'Daily Mail', que o facto de não apresentar indícios de decomposição passado tanto tempo demonstra que essa comida não é saudável.
 No decurso deste período, Bruso também afirma que nem moscas nem outros insetos foram atraídos pela refeição da cadeia McDonald's.
 A americana afirma ainda que ‘se as moscas ignoram um ‘Happy Meal' e os micróbios não o decompõem, então o corpo de uma criança também não poderá metabolizá-lo convenientemente.

Ao longo dos anos, a cadeia de fast food americana McDonald's tem-se esforçardo para provar que os seus alimentos são de qualidade, contrariando mitos criados acerca dos mesmos.
No entanto, estudos recentes indicam que cada produto contém, em média, sete aditivos alimentares. O pão tem conservantes como cálcio e propionato de sódio, a fatia de pickle contém benzoato de sódio e nas batatas fritas são detectáveis ácido cítrico e pirofosfato ácido de sódio, que mantêm a sua cor.
A McDonald's ainda não reagiu à experiência da nutricionista mas alguns críticos chamam a atenção para o fato de Joann Bruso viver em Denver, no estado do Colorado, onde as temperaturas são particularmente baixas. Isso poderá desacelerar o processo de decomposição da comida.
Prof. Arquimedes Filho (Medinho)
Professor da Unirb - Universidade Regional da Bahia Campus Alagoinhas
Personal Trainer
Especialista em Obesidade e Musculação Éstética